Felizmente que o novo país está a acordar para o mundo dos musicais. Temos, cada vez mais, um leque variado de musicais à nossa disposição. Portugal tem vindo a ser visitado pelas grandes companhias que dão cartas pelo mundo fora. Mas melhor do que isso é, o facto de cá dentro, se conseguir produzir grandes adaptações de musicais mundialmente famosos.
No fim-de-semana fui ver o Fame, que está em cena até final do mês, no Teatro Tivoli. Foi algo inesperado, pois não estava sequer a ponderar a hipótese de o ir ver, mas foi muito agradável o convite. Não só incluiu uma ida ao Tivoli, como um jantar muito animado, com pessoas que nutrem o mesmo interesse e que são muito animadas.
Quanto ao espectáculo em si, depois de ter em mente um musical de Filipe La Féria, é complicado não fazer críticas ou reparos a outros musicais. O Fame, de uma forma geral, está interessante, mas existem diversas falhas, muitas delas, falhas de infra-estrutura, incluindo, a acústica do próprio teatro e a disposição de lugares. A música, tocada ao vivo e dirigida pelo maestro Nuno Feist, estava demasiado alta em relação às vozes dos actores, que eram abafadas pela própria música. O facto de termos os diálogos em português e as músicas cantadas em inglês, faz com que se perca algo no argumento. Se as cenas de diálogo, muitas vezes, eram imperceptíveis (devido ao som), quando se passava à música era mesmo quase impossível perceber o que ali se cantava. Talvez não tenha tido sorte com o lugar onde me instalei, longe, muito acima do palco e muito próximo do topo do teatro.
Apesar de todos estes condicionantes, gostei da peça. Admiro muitos dos actores que protagonizam este musical, têm performances extraordinárias, onde para além de encantarem com as suas vozes, dançam de nem penas em cima do palco.
Houve uma cena extremamente engraçada que não estava prevista, o professor Mr. Myers (Alexandre Ferreira) esbarrou, literalmente, com o espelho que estava a entrar em cena. Foi hilariante e deu azo a risota completa na plateia.
Destaco a excelente performance da personagem Tyrone, interpretada por Filipe de Albuquerque. Não sei se foi a influência de ter ainda muito presente a personagem da série, mas o que é certo é que foi a melhor personagem masculina em palco.
A personagem feminina que mais gostei foi a Carmen Diaz, apesar de não me lembrar nela na série (confesso que é uma série que tenho poucas recordações, à excepção de vagas imagens e do Tyrone!). A Vanessa Marques é realmente uma grande cantora, com uma voz muito bonita.
Na parte da comédia, tenho a dizer que me diverti imenso com a personagem interpretada pelo Jonas, um mulherengo (de garganta!), que deu origem a algumas cenas bem divertidas. A Joana Dias, tal como o Jonas, antiga aluna da escola da OT, também interpreta um papel muito cómico.
Tenho pena de não ter sentido mais emoção nas cenas dramáticas, não sei se pelo facto de estar longe do palco, ou se essas cenas não foram interpretadas com o dramatismo que se impunha.
No final da peça, ainda houve oportunidade de ver alguns dos actores. O Jonas foi muito simpático ao se dispor para tirar fotos com as meninas mais animadas da "festa". Ainda ficámos a saber que peça estará no Porto, num futuro muito próximo. Por isso, pessoal do norte se não tiverem oportunidade de ver este Fame aqui em Lisboa, já sabem onde poderão encontrá-los. Eu sei de alguém que lá estará novamente!!! ;)
Ficha técnica
Título: Fame, O Musical
Encenador: Francisco Santos
Em cena: Teatro Tivoli
Descrição: Nick é um rapaz atraente, dedicado à representação, que fez alguns trabalhos profissionais. Serena é uma estudante insegura e emocional. O seu ídolo é Meryl Streep. Joe é um jovem latino cheio de energia. É o "palhaço" da turma sempre mais interessado em impressionar os seus colegas do que os professores. Carmen é uma jovem terrivelmente ambiciosa que procura atingir os seus objectivos de qualquer maneira e a todo o custo. Tyrone é o estudante negro que vem das ruas de Nova York e que se transforma no melhor bailarino da escola. Devido á sua fraca preparação literária tem dificuldades acrescidas que o levam a tomar uma atitude defensiva e provocante. Iris é atraente e tem formação de bailado. Embora de início tenha uma atitude "snob" com o decorrer do tempo sente necessidade de "entrar no grupo". Mabel é uma estudante cujo apetite vai impossibilitá-la de atingir os seus objectivos. Com humor vai conseguir ultrapassar as suas frustrações mudando de curso tornando-se actriz. Schlomo é um músico sensível e sincero. Filho de um compositor famoso, ele acredita no seu talento, mas perante os colegas não consegue revelar-se. Lambshpos é uma baterista bem disposta, sempre pronta a tocar Rock'nRoll. Goody é outro elemento da banda com espírito positivo. Miss Sherman é uma professora de Inglês dedicada. Parece ser autoritária, até irredutível nas suas convicções, mas tem como objectivo principal preparar os seus alunos para a vida real. Miss Bell é uma professora de dança bem intencionada, exigente, que coloca a dança acima de todas as outras disciplinas pois acredita que isso será o melhor para os seus alunos. Mr. Myers, professor de teatro, ensina técnicas de representação provocando e desafiando os seus alunos a revelarem-se interiormente. Mr. Sheinkopf é o tradicional professor de música. Técnica perfeita, Bach e Mozart são os seus temas preferidos.
Elenco principal: Filipe de Albuquerque com Tyrone, Vanessa Marques como Carmen, Fernando Fernandes com Nick, Jonas como Joe, Alexandre Ferreira como Mr. Myers
Género: Musical, Dança
Classificação: Maiores de 6
Classificação (de 0 a 10): 7
7 notas celestiais
weeeeeeee
Foi fixe. Não se pode negar que a Vanessa tem uma voz fantástica.
Filipe Albuquerque, o antigo bailarino do JCS do Porto tambem faz um papel fantastico. Na minha opiniao o papel mais forte do espectaculo.
Em relaçao ao Jonas... posso dizer??? weeeeeeeeee adorei logo a voz dele ao entrar em cena, mesmo sem me aperceber quem era. Qual foi a minha surpresa ver que era o moço da OT que eu tanto gostava. Muito cómico o papel dele.
weeeeeeeeeeeeeeeee
foi windooooo
Gostava de ir ver isso, nem que fosse apenas pelo elenco.
:)
Caramba, mulher, tut "papas" tudo. Já avisei amigos meus que adoram cinema e teatro para virem ao teu blogue diariamente...
;-)
bjos
Su, concordo contigo. O Filipe, a Vanessa e o Jonas foram as personagens que mais se destacaram. Não sabia que o Filipe tinha sido bailarino no JCS, mas agora está explicado o facto de ter sido a minha personagem favorita. ;)
Mas olha, melhor do que a peça, foi a vossa companhia. Foi tudo tão windoooo, como tu bem disseste. Weeeeeeeeee!!!!
E tu, ganhaste mais um amiguinho. As coisas que se ganham quando se está um bocadinho fora de nós próprios, não é?
É só sabermos quando estreia o próximo e lá estaremos para novas invasões e placagens, certo? :D
GK, o Fame já andou pelo país, penso eu. Quem sabe se não tens oportunidade para o ver? ;)
JPT, eu se fosse a ti, não falava antes de tempo. ;)
Obrigada pela publicidade.
Beijocas.
Oh sodona Estela, o Tyrone foi mesmo um espectáculo... E o Meyers... e a simpatia deles todos!!
Tens toda a razão, o espectáculo só ficava a ganhar se estivesse noutra sala. Aque Tivoli precisava de um equipamento sonoro muito melhor. O que vale é que sabíamos as músicas!
Gostei muito de te conhecer, venham os próximos espectáculos, as próximas invasões, as próximas placagens... é pena é não haver mais peças a estrear todos os meses... mas pronto.... é o país que temos!!!
Visita www.clubedefas-vanessamarques.blogspo.com
Clube de Fãs Oficial da Vanessa Marques
Boa semana ;)
Ai, Dina, tens toda a razão, nós só ficaríamos a ganhar se houvesse mais peças em cena. Até a espera pelo WSS seria menos dolorosa, e as nossas atenções poderiam dispersar-se um pouco mais.
Assim, sem notícias oficiais, andamos todas a ficar "doidas"!!!
Digo-te o mesmo, adorei-te conhecer a ti às meninas.
Que venha o próximo encontro e que seja o mais rápido possível...
Ai as invasões e as placagens!!!!! :D
7 notas celestiais