domingo, maio 31, 2009

Varekai, o Cirque du Soleil no Parque Tejo


Um espectáculo do Cirque du Soleil é sempre muito bem vindo. É já o 2º que vejo (ao vivo) e em cada um deles termino sempre com uma cara de deslumbramento e a alegria estampada no rosto.
Eu que odeio circo (o tradicional), eu que sou contra todo e qualquer espectáculo envolvendo animais, eu que abomino palhaços, este espectáculo foi pensado para pessoas como eu.
Os cenários deslumbrantes, as músicas tocadas e cantadas ao vivo, os fatos dos artistas coloridos e tão atractivos à vista, os números sempre tão originais e espectaculares, tudo isto me faz sempre ansiar pelo próximo show.
Mal se entra no recinto e se olha para o palco, se pressente que o espectáculo não será apenas um desfilar de acrobatas. Vê-se uma selva de estacas douradas espetadas no palco, vê-se por cima uma escadaria onde irão aparecer e desaparecer muitas pessoas. Os animadores (a fazer as vezes dos palhaços), mesmo antes do espectáculo propriamente dito, entrosam-se no meio da plateia arrancando desde logo valentes gargalhadas. Eles sobem ao palco e atrás de si surge a banda a tocar plateia abaixo. O espectáculo começa e as próximas 2 horas e qualquer coisa passam num ápice.
O que ali se passa e se sente só quem assiste, sabe aquilo que provoca. Nem o DVD poderá alguma vez provocar a emoção que é ver tudo ao vivo e a poucos metros do nosso nariz.
Espero que regressem para o ano e que eu consiga lá estar novamente.

Os números

Aerial Hoop
Suspensa bem alto sobre o palco e voando pelo ar no seu arco, uma jovem apresenta uma variedade de movimentos reveladores da sua força e flexibilidade.



Aerial Straps
Dois acrobatas aéreos suspensos em faixas pelos pulsos, apresentam figuras acrobáticas originais numa demonstração ímpar de força e sincronismo. Com faixas duplas, os performers "encontram-se" e tornam-se um só numa série de ritmados movimentos acrobáticos.

Clown Acts
Nenhum espectáculo de circo está completo sem os palhaços! Estes dois personagens divertem a plateia com actuações absolutamente hilariantes.



Georgian Dance
Este acto inspira-se na História da Resistência da República da Geórgia em que, durante séculos, a população se viu forçada a combater os invasores. As coreografias são inspiradas nas lutas Geórgicas contra as forças que tentaram dominar o seu território. Resistência e precisão são os pontos altos deste número.

Handbalancing on Canes
Demonstrando uma graciosidade, força e flexibilidade sem paralelo, uma jovem equilibra-se numa série de suportes metálicos estrategicamente dispostos. Apoiando-se quer nos pés, quer nas mãos, executa delicadas contorções conseguindo manter o frágil equilíbrio.

Icarian Games
Os Icarian Games, uma antiga disciplina raramente vista na cultura circense contemporânea, regressa às luzes da ribalta. O corpo humano torna-se uma catapulta numa elaborada, explosiva e cuidadosamente coreografada demonstração de força, equilíbrio e agilidade.

Juggling
Um virtuoso, o malabarista manipula pinos, bolas de futebol, chapéus e bolas de ping-pong com as mãos, pés, cabeça e boca.



Lightbulb
Sempre na busca de ingeniosas formas de interferir ou participar nas vidas dos habitantes da floresta, o Skywatcher ajuda o Guide numa situação difícil!



Russian Swings
De tirar o fôlego! Com dois Russian Swings como propulsores, os acrobatas são lançados no ar, em direcção aos pulsos cruzados dos companheiros ou às áreas de aterragem. Constantemente rompendo as barreiras da audácia, os acrobatas passam de um baloiço em movimento para o outro!

Slippery Surface
Impetuosos, os acrobatas deslizam numa superfície especialmente desenhada para o efeito, numa perseguição gato-rato, criando a ilusão de patinarem.



Solo on Crutches
Como uma marioneta, o performer executa uma enérgica coreografia em muletas.




The Flight of Icarus
Com agilidade e sensibilidade, um jovem apresenta assombrosos mergulhos aéreos e contorções na rede que o mantém cativo.



Triple Trapeze
No seu trapézio triplo bem no alto, 4 jovens apresentam uma série de movimentos acrobáticos, plenos de graça e sensualidade, em perfeita sincronização.



Water Meteors
Bem por cima das próprias cabeças, 3 jovens acrobatas manuseiam cordas com bolas metálicas na ponta. Numa demonstração única de agilidade, apresentam impressionantes figuras acrobáticas.


As personagens

Icare (Ícaro)
Inocente e vulnerável, descobre-se ferido num mundo desconhecido. O seu desejo de viver e ultrapassar os seus medos, levam-no a extremos e ao inevitável renascimento.


La Promise (A Noiva)
Exótica, conquista Ícaro com a sua sensualidade. Será a sua luz-guia e Ícaro, por sua vez, o motor da sua metamorfose.



La Vigie (O Vigia)
Cientista louco e inventor de grande génio, coleccionador das memórias do mundo e intérprete de sinais, este é o homem que recebe sinais, transforma sons e adverte para acontecimentos vindouros.


Le Guide (O Guia)
Iluminado pelo sol de muitos séculos, é uma espécie de amável e frágil avô, um velho sábio cuja missão é inspirar e promover a mudança





PS: A minha personagem favorita foi, desde o início, o Ícaro e o seu número na rede. Tão angelical e gracioso!!!

Praia e... afins


Finalmente, um fim-de-semana de sol e calor (não era é preciso o calor vir com toda esta força!).
O meu 1º dia de praia... foi bom, foi muito bom. Saudades de pisar a areia, saudades de molhar os pés no mar que tanto me fascina, saudades de banhos de sol, saudades que espero matar nos próximos dias de praia.

Apesar do tempo risonho, desde que vi um musical que se diz ser uma comédia musical, ando um bocado sensível e emotiva. Principalmente quando leio, falo ou vejo algo relacionado com o Emmanuel. Será que tenho um 6º sentido? Hoje percebi que por detrás daqueles olhos azuis lindos, um fantasma se esconde. E desde que o soube, piorei...
O final de Supernatural, também, não ajudou em nada. *suspiro profundo*
Isto vai passar, que mais não seja, porque daqui a uma semana estarei de férias, longe de tudo e de todos, onde apenas o descanso e a paz irá reinar, durante uma semana isso será mon essentiel.

sábado, maio 30, 2009

Emmanuel Moire


Mais uma descoberta musical que me anda a deixar completamente apanhadinha. Desta vez, descobri um francês que, para além de ter uma voz fabulosa, teve um excelente início de carreira no mundo do teatro musical. Chama-se Emmanuel Moire e cativou-me de imediato pela sua capacidade vocal, timbre doce e música muito aprazível ao ouvido.
Desde 2006 tem já 2 álbuns gravados em nome próprio. O último L’Équilibre acaba de sair e mesmo antes de o ter ouvido na totalidade, já me havia apaixonado por ele. O single de apresentação, Adulte & Sexy, invadiu-me de tal maneira que passei um dia inteiro a trauteá-la. Mas é no seu 1º álbum, Là Ou Je Pars, que encontro algumas pérolas que passo horas a fio a ouvir.
Uma vez que não consigo escolher de entre 2 músicas que simplesmente adoro, hoje vou dar uma borla e em jeito de 2 em 1, deixo 2 músicas que me fazem arrepiar.
Para quem estiver interessado, fica aqui o link do MySpace e do site oficial deste francês, que adorava que fizesse sucesso também por terras lusas.

PS: É desta que eu aprendo a falar francês!



Emmanuel Moire – Là Où Je Pars


Emmanuel Moire – Celui Que J'Étais

quarta-feira, maio 27, 2009

Ainda estou...


... meia aturdida do fim-de-semana. Aguarda-se um rasgo de inspiração para declarações acerca dos últimos espectáculos que vi.
Nem a boa música que me tem acompanhado nos últimos dias tem tido um efeito inspirador sobre mim.

sexta-feira, maio 22, 2009

Nos próximos dias...


... se me quiserem encontrar, andarei por aqui:

U2 – Magnificent


O muito aguardado novo álbum dos U2, No Line on the Horizon, trás, entre muitas músicas magníficas, uma que nem o nome engana, chamada precisamente Magnificent.
Estou completamente in love pela melodia, pelo ritmo, pelo vídeo e claro pela voz do Bono (mas isso já não é de agora).
Incrível como a música parece fluir nas mãos destes 4 rapazes que já cá andavam muito antes de eu saber dizer papá ou mamã.
Assim como o álbum anterior, How to Dismantle an Atomic Bomb, este à 1ª impressão, soou algo diferente, não parecia o som que os U2 nos acostumaram, mas ao fim de 2 ou 3 repetições, entranhou-se. Eles conseguem inovar sem que nos aborreçam ou façam esquecer todo o seu excelente historial.
Este Magnificent é já o 2º single do álbum e originalmente teve o nome de French Disco. O vídeo foi filmado em Marrocos.



U2 – Magnificent

Magnificent
Magnificent

I was born
I was born to be with you
In this space and time
After that and ever after I haven't had a clue
Only to break rhyme
This foolishness can leave a heart black and blue

Only love, only love can leave such a mark
But only love, only love can heal such a scar

I was born
I was born to sing for you
I didn’t have a choice but to lift you up
And sing whatever song you wanted me to
I give you back my voice
From the womb my first cry, it was a joyful noise…

Only love, only love can leave such a mark
But only love, only love can heal such a scar

Justified till we die, you and I will magnify
The Magnificent
Magnificent

Only love, only love can leave such a mark
But only love, only love unites our hearts

Justified till we die, you and I will magnify
The Magnificent
Magnificent
Magnificent

quarta-feira, maio 20, 2009

Lá vou eu outra vez…


Mas será que não aprendo? Será que não me consigo conter? Depois de ter conseguido resistir uma vez, à 2ª é de vez… não me consigo controlar mesmo, lá terá de ser!!!

PS: Apesar que ainda estar meio dolorida (maldita dor de dentes), estou muito muito muito feliz. Obrigada!!! :D

terça-feira, maio 19, 2009

Pedras nos Bolsos


É a nova peça protagonizada pelo Diogo Morgado e pelo Rui Unas. Está em cena, desde 5ª feira no Centro Cultural da Malaposta, onde já tinha ido ver o Elixir do Amor, com o Diogo.
Começo a gostar de um novo género teatral que sai fora das linhas do teatro mais tradicional. Aqui temos apenas 2 actores em palco, onde o cenário é minimalista e os adereços quase inexistentes, mas o nº de personagens interpretadas vai muito além do nº de actores em cima do palco (são 15 ao todo). A sala nem tem uma plateia com cadeira alinhadas, a peça é apresentada num café-teatro, com o palco muito próximo do público. Dá a sensação que estamos numa esplanada a assistir a um número de rua.
Surpresa logo ao entrarmos no recinto, mas claro que não vou dizer o que é!!! Apenas digo que, com a confusão de cadeiras que houve logo na entrada, depois de vermos o que estava a acontecer nas nossas costas, foi muito difícil manter a postura e não desatar a rir à gargalhada.
A peça começa e desde logo a galhofa é geral entre o meu grupinho, qualquer referência parecia ter um 2º significado (algo resultante da grande cumplicidade que já temos). Gargalhada aqui e ali, nas cenas cómicas e alguma angústia, nas cenas mais dramáticas. Só 2 excelentes actores como o Diogo e o Rui, com apenas uma fatiota e um lenço preto conseguiriam personificar tantas pessoas diferentes e agarrar-nos à história da forma como eles o fizeram.
Desafio-vos a darem um pulinho à Malaposta e a elegerem a vossa personagem favorita. Eu sou incapaz de o fazer, pois cada personagem tem o seu quê de especial.
Deixo aqui a sinopse escrita pela responsável desta adaptação:

Dois alentejanos participam como figurantes num filme brasileiro rodado no Alentejo. O trabalho vem criar reboliço numa aldeia sossegada e entusiasmar Zé Pedro e Carlos Costa, que aqui têm a possibilidade de ganhar 30 euros por dia, comer três refeições diárias e estar perto da «estrela» brasileira que protagoniza o filme. Após o suicídio de um rapaz da aldeia, o grupo vê-se confrontado entre a superficialidade dos ideais da indústria cinematográfica e a realidade representada por essa tragédia. Uma peça de dois actores para 15 personagens.
A adaptação da peça, foi feita a pensar nos vários filmes estrangeiros que por cá se têm rodado, e naquele que seria o impacto dessas filmagens no dia-a-dia de uma pacata aldeia alentejana; no conflito entre gerações naquela região do país, em que os mais velhos estão resignados à sua condição social e financeira, enquanto os mais novos sonham com oportunidades de trabalho e de uma vida melhor, neste caso concreto, tentando a sua sorte através de uma vertente mais estéril e superficial do mundo cinematográfico. Aliado a isto, está o desafio de criar tudo a partir do nada, valendo-nos a excelente capacidade de interpretação de dois actores que dão vida a 15 personagens, sem recorrer a adereços, apostando em diálogos que têm tanto de divertido como de introspectivo e mordaz, estimulando a capacidade imaginativa do espectador e prestando uma homenagem simples à nossa cultura rural. – Marta Mendonça


Em breve adorava voltar a repetir esta dose. Espero consegui-lo! :p

Aiiiiiiiiiiiiiii!!!!



segunda-feira, maio 18, 2009

XIV Gala dos Globos de Ouro


Apesar da noite de ontem, não ter corrido 100% como eu gostaria (ficou a faltar um prémio mais do que merecido!), acho que no geral, os prémios foram parar às mãos certas.
Começando pela grande injustiça que foi o prémio de Melhor Revelação do Ano na Música… Os Deolinda… Não é que não tivessem merecido por mérito, mas na minha opinião (pessoal) o prémio deveria ter sido atribuído aos Classificados. Tenho o prazer de já ter assistido a concertos de ambas as bandas e asseguro que os concertos dos Classificados são muito mais dinâmicos. Os Deolinda têm a favor o facto de serem muito originais na música que fazem. Com eles aprendi a ouvir música mais tradicional, mas a música pop dos Classificados é aquela com a qual eu mais me identifico.
Serafim, para mim o prémio é vosso, mas o facto é que conseguiram uma merecidíssima nomeação e isso por si só já é um prémio. Parabéns a todos vós!!! :)
A categoria que mais ansiava foi aquela que abriu a noite e me deixou de sorriso na cara o resto da noite, o Teatro. O prémio de Melhor Actor de Teatro foi parar às mãos de José Raposo, mas para mim o prémio já era dele desde que o vi em cima do palco do Rivoli, no seu papel de Tevye, em Um violino no Telhado. Não tendo uma voz exuberante, a sua performance é tão carismática que consegue deslumbrar qualquer um. Os seus diálogos com Deus, a sua relação com as filhas e com a mulher, o coração mole e ao mesmo tempo austero, fazem desta personagem um homem que nos conquista logo nas 1ªs aparições em cena. O homem que está por detrás desta personagem, o sr. José Raposo é mais do que merecedor de tão grande prémio. Parabéns!
Nesta categoria eu tinha 2 favoritos, para além do Raposo, também o Henrique Feist poderia muito bem ter levado o prémio para casa. O seu papel no Cabaret foi o grande responsável por eu ter gostado do musical, o mesmo é dizer que o musical é todo ele é o Henrique. Impressionante a garra, a voz, a caracterização, a movimentação e a versatilidade que o Henrique obter em palco. E depois, é uma simpatia!
Quanto à Melhor Peça/Espectáculo, dúvidas havia poucas, quanto ao vencedor. No entanto, nunca é bom augúrio cantar de galo antes da festa. No ano passado, injustamente, o prémio escorregou das mãos do sr. Filipe La Féria e o Jesus Cristo Superstar viu o prémio passar-lhe ao lado. Este ano, a justiça foi reposta, o West Side Story é o digno vencedor.
O mestre delegou a Lúcia Moniz a honra de subir ao palco para receber o, mais do que merecido, prémio. Penso que o elenco deveria ter subido ao palco para a acompanhar, já que o mérito é de todos eles, no entanto nem direito a um grande plano tiveram. Mas o que interessa é que este prémio já ninguém lhes tira! Weeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!
Parabéns a toda a produção e claro, ao grande senhor do teatro, Filipe La Féria.
António Feio foi o destacado para entregar este prémio e foi o protagonista de mais um grande momento nesta noite de estrelas. Não perdeu a oportunidade de brincar com a sua doença e de, ao mesmo tempo, espetar o ferrão. Hilariante como ele sempre foi. Para além de reconhecer o seu grande valor enquanto actor, sempre gostei da sua postura perante o público e perante a vida. A minha imagem que guardo do António é a de uma pessoa sempre sorridente e bem disposta.
O facto de comentar que se afeiçoou ao globo de ouro, que teve em sua posse durante alguns momentos, mexeu com o Nuno Lopes. O Nuno, ao ser premiado com o prémio de Melhor Actor em Cinema, não só chamou ao palco os outros nomeados para o partilhar com eles, como ainda ofereceu o globo ao seu professor, António Feio. Alegou que ele foi o seu grande mestre quando tinha apenas 14 anos. Foi um gesto muito altruísta e que emocionou meio Portugal.
Parabéns a todos. Que continuem vingar no mundo da moda, desporto e cultura. Para o ano há mais.

domingo, maio 17, 2009

Um Domingo muito preenchido


Parece que hoje o dia vai ser daqueles que bem poderia ter umas 30 horas… Há muita coisa a acontecer e que eu quero testemunhar.
Durante a tarde, estarei com as minhas companheiras das lides do teatro, para assistirmos à nova peça do Diogo Morgado e do Rui Unas, Pedras nos Bolsos, em cena desde 5ª-feira no Centro Cultural da Malaposta. Estou em querer que vai ser uma tarde muito bem passada, pois nunca um encontro com as amigas superstar me desiludiu. E estar com o Diogo Morgado é sempre uma grande honra.
Depois disso, ainda queria ver se tinha um tempinho para passar num centro comercial para ir fazer umas compras. O tempo nunca mais aquece e eu ando a ficar sem opções de roupa, pois ora chove e faz frio, ora está sol e faz calor. A roupa de meia estação, que é o que apetece, começa a escassear no meu guarda-roupa.
À noite estou ansiosamente à espera da Gala do Globos de Ouro, por diversas razões. Primeiro porque estou a torcer para que alguns prémios sejam justamente entregues, depois porque quero ver diversas pessoas que por lá vão passar. É sempre uma noite de muito glamour, de espectáculo e como eu gosto de bons espectáculos, não vou perder.
Boa sorte a todos.

Eurofestival da Canção 2009


Ontem a noite foi de espectáculo, o Festival da Eurovisão. Como sempre Portugal não singrou, apesar da música ser muito boa. Infelizmente os Flor-de-Lis não conseguiram sequer igualar a proeza da Lúcia Moniz e ficaram-se por um singelo 15º lugar.



A música que mais gostei de todas as que ouvi era a da Bielorrússia, cantado pelo Petr Elfimov, chamada Eyes That Never Lie. Infelizmente, nem à final chegou, com muita pena minha. O sonho deste rapaz é actuar num papel em Jesus Cristo Superstar. Eu digo que tem muitas hipóteses de o conseguir. Tem uma voz forte, que se presta bastante para uma ópera-rock.



Apesar da minha música favorita não ter chegado à final, a Islândia era sem dúvida a melhor das que foram ontem entoadas.
Interpretada pela angelical Jóhanna Guðrún Jónsdóttir, Is It True, assim se chama.



A Noruega foi o país vencedor, mas apesar da música não ser das piores, não chegou para superar qualquer das músicas que aqui deixei.
Para o ano há mais.

sábado, maio 16, 2009

As Vampiras Lésbicas de Sodoma


E assim, com imensa pena minha, se encerra um ciclo de teatro. No Domingo passado, fui ver a última peça que me faltava da Companhia Teatral do Chiado (CTC), As Vampiras Lésbicas de Sodoma.
Claro que não saí de lá desiludida. Esta companhia já me habituou a peças completamente hilariantes e que me fazem sair do teatro super bem disposta. Estas Vampiras não se ficam nada atrás, dos discípulos que interpretam a Bíblia ou dos seguidores das Obras de Shakespeare.
Desta vez fomos acolhidos pelo próprio encenador, Juvenal Garcês, que fez as honras de introduzir o espectáculo.
Obviamente que numa boa peça de teatro onde a sátira está muito presente, as referências às peças que eu tanto aprecio e ao grande encenador que me viciou no teatro, não poderiam faltar. O mestre Filipe La Féria e os seus grandes musicais, estão sempre presentes nos textos destas peças. É de ir às gargalhadas com tais alusões.
Algo que, também, está sempre patente nas peças desta companhia é a sua capacidade de improviso, onde de algo super banal, sai uma piada, sai um gesto cómico, sai uma gargalhada desgarrada do público. Até as circunstâncias de alguns momentos ajudam à festa. Só para dar um exemplo: Numa cena onde uma das personagens retira da sua malinha um pastel de bacalhau e se põe a comê-lo (algo muito descabido, mas que é por isso que tem piada), todos no palco se põem a rir (incluindo o público, mas isso é normal, o que não é normal são os actores se desmancharem também). A personagem que está a comer o pastel, a Zulmirinha, chora a rir, não porque a cena é parva (e é realmente), mas porque inesperadamente encontra uma espinha no pastel. Por esta altura eu já soluçava, porque chorava de riso. Acho que nunca tinha rido tanto numa cena no teatro. Até os adereços ajudam à festa. Esta não foi a única cena inesperada. A mesma personagem é ainda protagonista de um voo no palco. Voo autêntico… numa cena onde é suposto atirar-se para o chão, ele faz um voo para o chão que quase aterra sobre o público. Acho que lhe valeu uma mazela. João Marta, tu estás lá!!!
Não posso deixar de referir a minha personagem favorita, a alentejana de Brotas, chamada Lizette. Não só se veste de sereia, como depois se apresenta em palco de vestidinho colorido… Ela é hilariante, não só pelo sotaque fantástico que imprime enquanto personagem, mas também pelo facto de passar a cena inteira a baralhar todos os termos possíveis e imaginários. Ok, o facto de dizer que é originária da freguesia de Brotas (onde já estive e achei uma terrinha muito acolhedora), ainda me despertou mais a atenção. Mas como já tinha adorado o Pedro Luzindro n’A Bíblia…, qualquer papel que ele aqui fizesse eu iria prestar a maior das atenções. Também, o seu Machado, o mordomo corcunda, tão bem caracterizado, está um primor. Coitado do Gastão Garcia (interpretado pelo não menos talentoso João Carracedo) que sofre nas mãos do mordomo de Magda Legerdemain (Simão Rubim).
O Simão tem sido a minha grande referência em todos os elencos das peças da CTC. Ele faz-me rir pelas suas expressões, pelas suas saídas descabidas, ele faz-me estremecer na cadeira, pela sua colocação de voz, pela sua postura em palco, ele é espantoso. Aqui tem alguns papéis que também são muitíssimo cómicos. Destaco o seu 1º papel que prima pela aparência sinistra, do alto das suas botas de vinil com saltos de meio metro, encarna o demónio Súcubo, cujo nome é mote de risota o resto da peça. Será demónio Subaru, ou demónio Sandokan ou ainda Sudoku? :p
A Rita Lello, de quem gosto imenso desde o seu papel em Os Serranos, também vai muitíssimo bem nos seus papéis de Virgem Sacrificada, Madeleine Astarté e Madalena Andrade. Só de pensar na cena em que a sua vampira Madalena Andrade está em cima da outra vampira Magda Legerdemain e diz: “Simão, não sopres... tu nem gostas...”, começo a rir-me. Bravíssimo!!!
Falta apenas referir o Manuel Mendes, que no 3º acto da peça me leva às lágrimas com o seu Dani e com a sua declamação de poemas tão… inesperados!
Não sei que consegui ser coerente neste post, mas a peça também não o é. É um conjunto de cenas construídas para o puro entretenimento, de onde o público sai com um grande riso estampado do rosto e eu, em particular, com uma dor de barriga por causa de tanta risota.
Se querem umas horas bem passadas, não percam as peças da CTC. As Vampiras Lésbicas de Sodoma estão, há 3 anos em cena, só para nos pôr bem dispostos.

"As Vampiras Lésbicas de Sodoma" uma história de sangue, ódio, ciúme, inveja, paixão, êxtase, perfídia e muita, muita luxúria...
Da antiguidade aos tempos modernos, o público é convidado a acompanhar esta hilariante comédia num permanente cruzar de géneros, desde o teatro-cabaret ao musical, passando pelos shows de travesti e a intemporal Revista à Portuguesa.


Encenação de Juvenal Garcês
Domingos às 21h00 no Teatro-Estúdio Mário Viegas

Elenco actual: Rita Lello, Simão Rubim, João Carracedo, João Marta, Manuel Mendes e Pedro Luzindro



PS: Falta-me tecer um texto dedicado a mais 2 peças, A Arte do Crime e A Bíblia – Toda a Palavra de Deus de uma Assentada. Ando é a assistir a muita coisa a um ritmo maior do que aquele que consigo escrever… Amanhã será mais um dia de teatro, Pedras nos Bolsos.

sábado, maio 09, 2009

Resumo do dia numa foto #1


Vista panorâmica sobre a cidade da Figueira da Foz

segunda-feira, maio 04, 2009

Fim-de-semana histórico (sobre os descobrimentos)


Parece que foi combinado, um fim-de-semana de descobrimentos. Mas não, foi tudo muito espontâneo…
Família no Sábado, passado em Belém, entre o Monumento dos Descobrimentos (o qual nunca tinha visitado!) e os Jerónimos, no qual não se consegue entrar sem passar 1º uma fila infindável de gente… Contentámo-nos com a igreja, onde jazem Camões e o senhor dos descobrimentos, Vasco da Gama. Numa tarde cheia de sol e calor, onde o rio nos fez companhia e com uma bela paisagem sobre Belém, a tarde passou a correr.
Domingo, Colombo (é dos descobrimentos, não é?). Almoço com o grupo mais hilariante de todó Portugal. De norte a sul, as meninas alinharam… Pena a menina L. não ter conseguido chegar ao destino previsto… Mas assim, há que começar a pensar numa invasão ao Nuorte, agora que vamos ter tanta coisinha boa para ver por lá. E o que se serviu à sobremesa? Bela dose de humor, risadas, parvoíces e muito disparate.
O lanche foi servido no cinema, com pipocas e o Vin Diesel e o Paul Walker a fazerem as honras, em mais um excelente Fast & Furious. Aqueles 2 formam uma dupla mais que perfeita. Claro que a fantasia abunda um pouquinho para aquelas bandas, mas é disso que estes filmes vivem e nós deliramos, não é meninas?
Como é fantástico passar momentos tão bons como estes na vossa companhia. Venham de lá mais almoços, mais jantares, mais aventuras, mais invasões e mais viagens, que a vida é para aproveitar ao máximo.