domingo, novembro 16, 2008

Concerto 10 anos da Fnac @ Pavilhão Atlântico


Na 6ª-feira também foi dia de concerto. Na comemoração dos 10 anos em Portugal, a Fnac brindou-nos com um concerto no Pavilhão Atlântico, onde se fizeram ouvir Peixe: Avião, Rita Redshoes, Deolinda, Clã e os grandiosos Xutos e Pontapés.
O concerto começou cedo, cedo demais até, pois nem consegui ouvir 1 minuto da 1ª banda que é para mim uma completa desconhecida, Peixe: Avião. Acho que nem os consegui ver em palco, pois estava eu a chegar e eles a sair.
A eles seguiu-se Rita Redshoes, que tinha visto na 2ª-feira no concerto do David Fonseca. Desta vez deu para ver o que é um concerto seu a solo. Confesso que não conhecia de todo a sua música, apenas se contavam 2 músicas do seu reportório que eu conhecia. Durante a tarde da 6ª andei a cultivar-me e ouvi o seu álbum. Confesso que é um tipo de música demasiado calmo para o meu gosto, mas são músicas “ouvíveis”. Ao vivo tinham-me dito que ela tinha uma grande presença em palco, mas não deu para sentir isso, apesar disso gostei do seu concerto, pois as músicas ao vivo obtêm um ritmo que não têm as de estúdio. A sua voz foi agradável ao ouvido.
Os Deolinda, que tinha grande curiosidade em ver, foram a 3ª banda a subir ao palco. Não é todos os dias que vimos os técnicos montar uma sala acolhedora onde nem as fotos de família e os naperons são esquecidos, para daí a uns minutos termos uma banda a tocar naquele cenário. Já tinha ouvido alguma coisa da sua discografia e daquilo que ouvi a 1ª impressão foi que não é um estilo de música que eu ouça no dia-a-dia, mas que poderá ser o mais parecido com fado que alguma possa ter gostado. As letras do mais trivial possível são o encanto das suas músicas, cujo ritmo pode nem ter nada de especial, mas que fazem toda a diferença. A Ana Bacalhau, a vocalista, parece uma menina contadora de histórias, já que cada uma das músicas tem uma pequena história, que ela faz o favor de nos pôr a par. Algumas das músicas, apenas tinha ouvido uma vez, mas por ter uma letra tão característica consegui acompanhá-las. Resumindo, estes meninos têm futuro, até porque já conseguiram dar um novo ar ao nosso panorama musical.
Os Clã chegaram de seguida. Confesso que a sua música nunca me encantou e como a noite já ia avançada, houve alturas que tive mesmo de me obrigar a acompanhar e dançar ao ritmo da música, mesmo sem vontade, para espantar o sono. Não é que a sua actuação fosse apática ou monótona, muito pelo contrário, foi um grande espectáculo de luz e cor, e a Manuela Azevedo tem muita garra, eu é que não conheço as letras ou as músicas. Tirando a “Problema de Expressão”, mais nenhuma música conseguiu arrancar-me a letra dos lábios.
O melhor estava reservado para o final. Nunca tinha visto os Xutos ao vivo e todos me diziam que eles dão um show do caraças. Escusado será dizer que tinha imensa curiosidade em vê-los. Os Xutos são daquelas bandas que sempre gostei, mas nunca procurei a sua discografia. Conheço as músicas mais antigas e as mais famosas e fico-me por aí, pensava eu. O que é certo é que só houve 2 músicas que não sabia a letra por inteiro. Está certo que eles tocaram as que o público está sempre à espera de ouvir, mas são precisamente essas que dão a fama aos concertos destes senhores do rock.
Bastou o Zé Pedro e o Tim entrarem em palco, para o público ir à histeria. Não me esqueço no intervalo de uma música, o público começou a puxar pelo Tim: “E salta, Tim… e salva Tim… olé… olé!!!” e o Tim faz-lhes mesmo a vontade, começando a saltar. Lindo de se ver a empatia do público com eles. A forma como o Tim se dirige ao público é também algo que não estamos a habitados. Saudou-nos com um: “Como estão, pessoal?”, até parece que estávamos entre amigos e ele se dirigia a velhos conhecidos.
Outra coisa que me ficou no ouvido foi a potência da guitarra do Zé Pedro. Fez-me, novamente, querer muito saber tocar daquela forma.
Quanto às músicas, pareceu-me que tocaram todas as que eu fui ali para ouvir, não me lembro de ter ficado nenhuma de fora. Desde os “Contentores”, “À Minha Maneira”, “Maria”, passando pelo ”Circo de Feras”, “O Homem do Leme” ou “A Minha Casinha”, tudo ali foi cantado por milhares de pessoas, tendo como suporte a voz do Tim e as guitarras e a bateria dos Xutos. Até o Kalú teve o seu momento de glória.
A única coisa que não gostei deste concerto foi o seu tempo reduzido. Pareceu-me que foi o concerto mais pequeno de ali vi, pois foi aquele que vi passar mais avidamente e que vivi mais intensamente.
Depois de uma noite destas só tenho de agradecer à Fnac.

Peixe: Avião


Rita Redshoes


Deolinda


Clã


Xutos e Pontapés

3 notas celestiais

Margarida disse...

oh rapariga, mas tu não páras? :P

shining star disse...

eu disse-te que no dia em que os ouvisses que ias adorar! beijokas minha linda

The Star disse...

Margarida, a vida é para ser aproveitada ao máximo, não é?
Só se vive uma vez. ;)

Querida Moon, tu é que a sabes toda. Não é que aqueles rapazes são uns grandes senhores em cima do palco?!?!
Simplesmente fantásticos!!!

3 notas celestiais