O Domingo passado (mais um dia memorável) foi, também, dia de ver os Classificados ao vivo.
Eles são a banda portuguesa que mais me surpreendeu no panorama português dos últimos tempos. Acho que a nossa música está a desabrochar e já conseguimos ter aí música muito boa.
Os Classificados destacam-se pela simplicidade da sua música, pela musicalidade das letras, pela simpatia que imprimem ao vivo e pelas boas vibrações que me transmitem.
Desde o Verão que os ouvia esporadicamente e quando soube que iam promover o seu concerto na Aula Magna, fiquei muito curiosa para os conhecer. E no Domingo apesar ter tido uma mini-amostra do que é um concerto deles, foi um excelente augúrio para o espectáculo que irão oferecer.
Bastou os seus acordes no soundcheck para perceber que a música deles se apropria muito para espectáculos ao vivo. E depois de começar a ouvir a voz do Serafim, temos essa certeza. Ele é a simpatia em pessoa, liga-se imenso ao público, e não foi uma nem 2 vezes que nos dirigiu um grande sorriso e muitos piscar de olhos. Claro que o fórum da Fnac é um espaço muito mais intimista e propício a concertos mais “familiares”, mas tenho a certeza que o concerto na Aula Magna vai ser grandioso.
Ainda consegui um convite duplo para o concerto, o que me deixou radiante. Acho que teria comprado os bilhetes logo após esta amostra de músicas, pois a curiosidade de os conhecer num espectáculo à séria foi largamente despertada.
Uma breve apresentação da banda:
Os Classificados são uma nova banda do Porto, que editam o seu 1º álbum a 28 de Abril. Do álbum de estreia fazem parte 11 canções.
A sua música reflecte uma sonoridade Pop/Rock, com ambientes distintos, ora energéticos, ora intimistas, onde a palavra assume um papel crucial na caracterização de personagens e cenários, que fazem parte do nosso imaginário urbano. Cintando o autor “é como peças soltas de uma banda sonora em construção”.
Inspirado nas reveladoras páginas dos jornais com o mesmo nome “Classificados”, desfilam ao longo das 11 canções, personagens do nosso imaginário urbano. O 1º single chama-se “Rosa” e retrata o acto solitário de um homem que escreve o nome da mulher amada por toda a cidade. Aparentemente, a mulher desconhecida, poderá nem sequer existir, ou viverá em todas as que dos seus amantes lerem o seu nome. Mas há mais ficção, ou verdade ficcionada nas páginas dos “Classificados”. Vendedores de sonhos, amantes, loucos, videntes, mãos que amam e matam, segredos, promessas, e tantas mais artimanhas e predicados que nos amarram na sequiosa teia das relações humanas.
Serafim Borges assina todas as composições, letras do álbum e ainda a produção, e gravação do álbum, finalizado em Nova York, nas mãos do experiente engenheiro de masterização George Marino, que tem o seu nome associado a projectos como os Coldplay, Jimi Hendrix, Lenny Kravitz e tantos outros.
A sonoridade dos Classificados é diferente, consistente e experimental.
Membros:
Serafim Borges – Voz
Sérgio Silva – Bateria
Pedro Ferreira – Baixo
Paulo Gomes – Piano e Rhodes
Aqui deixo um vídeo de um dos pontos altos desta actuação:
Classificados – Um Segredo Fechado
Sem notas celestiais
Sem notas celestiais