WALL•E em antestreia

E como a curiosidade aumenta conforme o tempo passa e com a quantidade de boas referências que vou recolhendo acerca de WALL•E, quando consegui ir à antestreia, fiquei completamente eufórica. O meu 1º pensamento foi: “Ainda vou ver o WALL•E 1º que veja o The Dark Night que estreou antes!!!” Mas, se assim não fosse, só lá para finais de Agosto conseguiria ver o filme, uma vez que vai estrear na minha época de férias (que tarda em chegar!).
Quanto ao filme propriamente dito, acho que não consigo fazer jus ao filme apenas por palavras. Tudo o que eu diga ficará aquém daquilo que eu vi e experimentei ao vê-lo. Ternurento, sábio, emblemático, irónico, cómico, dramático, arrebatador, deslumbrante, realista, são alguns dos adjectivos que posso aplicar para o tentar descrever. O resto, ficará comigo… uma sensação de fascínio, encantamento… algo do género.
Foram várias as vezes que dei por mim de coração muito apertado ao ver determinada cena mais terna. Incrível esta sensação ser provocada por robots animados digitalmente, que são normalmente máquinas desenhadas sem sentimentos ou qualidades humanas… mas isso não acontece com as personagens de WALL•E. Cada uma tem um contributo muito próprio e que dá vida à acção, de tal forma que nos esquecemos que são robots e não pessoas reais. Aliás, as pessoas que nos são aqui apresentadas, parecem elas ser autênticos robots, movimentando-se maquinalmente e sempre com gestos automáticos, mas até isso faz parte da acção.
O argumento do filme é bastante inovador, pelo simples facto de que sem ser necessário existirem diálogos demasiado elaborados, a história é contada de forma exemplar, pelas acções das personagens, pelas suas expressões, e por todo o ambiente visual.
É difícil acreditar que um filme animado nos faça esquecer que tudo o que vemos é irreal e digitalmente manipulado, mas o WALL•E consegue ser real a esse ponto. E quando nos apercebemos que estamos a olhar para um boneco, conseguimos apreciar todos os pormenores que não foram deixados ao acaso. A EVE é um robot tão bonito, tão polido, tão perfeito que chega ao pormenor de reflectir o ambiente que tem à sua volta, a chama de um simples isqueiro é tão real quanto possível, o rasto que o WALL•E deixa na terra, avista-se a quilómetros de distância, e é apagado com uma rajada de vento, o que resta das cidades na Terra, consegue fazer-nos lembrar os arranha-céus de Nova Iorque, e talvez seja essa a ideia concreta. Apenas exemplos de como a tecnologia tem sido usada da melhor forma pelos estúdios da Pixar, que conseguem inovar de filme para filme, superando surpreendentemente o seu anterior, que é o que tem vindo a suceder desde os Incríveis.
Um filme para miúdos e graúdos, onde existem grandes mensagens que deverão ser retidas por todos. Apesar de ser um filme de animação que impressionará os mais pequenos, não deixa de ser um filme muito adulto onde as relações de amizade, o respeito pelo meio ambiente e o sedentarismo são abordados de forma a alertar o mundo.
Estreia dia a 14 de Agosto.

Ficha Técnica
Título: WALL•E
Realizador: Andrew Stanton
Descrição: Após centenas de anos sozinho a fazer o que foi programado para fazer, WALL•E (Waste Allocation Load Lifter Earth-Class) descobre um sentido na sua existência (para além de recolher desperdícios) quando conhece uma atraente robô chamada EVE. EVE apercebe-se que WALL•E tropeçou, sem saber, na resolução para o futuro da Terra, e corre de volta ao espaço para contar as suas descobertas aos humanos, que têm estado ansiosamente a aguardar por notícias que digam que é finalmente seguro voltar para casa.
Actores: Fred Willard, Jeff Garlin (voz), Ben Burtt(voz), Sigourney Weaver(voz), John Ratzenberger(voz), Kathy Najimy(voz)
Género: Animação, Comédia
Ano de Lançamento: 2008 Duração: 103 minutos
Classificação: Maiores de 6 Anos
Classificação (de 0 a 10): 9

WALL•E trailer