terça-feira, novembro 28, 2006

Os carros de Casino Royale


Se pensavam que estava tudo dito sobre o novo filme de James Bond estão muito enganados. Vou tentar falar dos carros conduzidos pelo agente secreto mais sedutor. Sim, vou tentar porque eu não percebo mesmo nada de carros. Só os avalio pela estética. E, esteticamente, os carros deste Casino Royale (como a grande maioria dos anteriores) são muito estilizados e muito sexy’s.
Haverá coisa melhor do que ver carros destes serem conduzidos por um homem ou mulher do calibre de Daniel Craig ou Eva Green?
A realidade é bem diferente. Sempre que vejo um carro daqueles que eu desejo quando for grande, o condutor tem de ser sempre um velho jarreta… não que eles não mereçam o carro, mas a minha fantasia cai logo por terra!!! :S
Este filme aproveitou para apresentar ao público os novos protótipos da Austin Martin e da Ford.

Ford Mondeo Mk IV
O 1º carro que Bond conduz é o novo Ford Mondeo Mk IV que será lançado no ano que vem. Devo dizer que é um carro que gosto bastante e não me importava de comprar um. Os últimos modelos da Ford têm-me despertado a atenção, e este não é excepção.

As fotos e o anúncio publicitário





Aston Martin DB5
O 2º carro que aparece em cena é o Aston Martin DB5, modelo de 1963, e que já foi usado no Goldfinger em 1964 e no Thunderball em 1965.

As fotos




Aston Martin DBS
O carro “a la” James Bond é, deveras, o Aston Martin DBS. O carro para além de ter umas linhas belíssimas, tem um interior espectacular. O carro “transpira” sedução, cai que nem uma luva ao nosso herói.
Pena mesmo é o carro ter um triste fim no filme.

O próximo vídeo mostra-nos isso. Atenção que é uma cena do filme, quem não gostar de spoilers não veja o vídeo, apesar de que esta cena não revela nada sobre a história.


Esta cena originou um novo record no livro do Guiness. Esta é a notícia:

Aston Martin DBS de 007 entra para Guinness

O novo filme de James Bond, «Casino Royale», entrou para o livro de recordes do Guinness Book. A cena de acção premiada envolve o carro do agente secreto, um Aston Martin.
O veículo, guiado por um duplo do britânico Daniel Craig, Adam Kirley, dá 7 voltas verticais em pleno voo, impulsionado por um canhão de nitrogénio, registando uma nova marca mundial.
O coordenador das cenas de acção de «Casino Royale», Gary Powell, explicou que a cena foi ensaiada várias vezes usando carros de teste com peso similar ao do Aston Martin, a cerca de 130 km/h numa rampa.
O recorde anterior era de 6 voltas e foi realizado em 2005 por um actor que participou no programa de televisão do Reino Unido «Top Gear», transmitido na televisão por cabo.


As fotos

segunda-feira, novembro 27, 2006

007 – Casino Royale



Nem sei muito bem por onde começar. O filme imprimiu em mim tantas emoções, que nem sei o que dizer. I’m speechless.
Fui vê-lo ontem e ainda hoje estou um pouco aturdida, no bom sentido, leia-se.
Eu que sempre fui muito céptica quanto à escolha do Daniel Craig, ontem rendi-me. É bem feita, tenho de deixar de julgar as pessoas antes de tempo. :p
Como se costuma dizer, e desculpem-me a expressão, "caiu-me tudo"!!! Resume-se tudo a isso.
O Pierce Brosnan que me desculpe, porque isto é quase uma traição, mas o James Bond do Daniel é tão competente em tudo o que faz, que só posso estar muito surpreendida pela positiva. Não sei se o novo Bond é melhor ou pior que os anteriores, é tão somente… diferente.
Para começar, o prólogo do filme, a preto e branco, numa imagem um pouco desfocada, fazia prever que o filme seria diferente. Apresentou-nos um Bond poderosíssimo… um assassino, "uma bela máquina de matar" segundo as palavras do seu criador, Ian Fleming. Depois o genérico, que sempre nos habituou à música possante e às silhuetas femininas, e que é delas? Quanto à música, muito bem entregue a Chris Cornell (ex-Soundgarden e actual vocalista dos Audioslave) com a sua voz potentíssima, mas as silhuetas seriam bem diferentes, a do nosso homem, James Bond, tudo num ambiente “a la Casino”. O mote estava dado. And let the show begins!!!!
Logo a abrir uma cena de acção, uma perseguição "free running" entre o nosso agente secreto e um vilão. Cena que consegue tirar o fôlego a qualquer um. Aquele homem é tão robusto ao ponto de ser uma cena credível. Olha-se para ele e fica-se com a sensação de que ele, por si só conseguiria fazer aquela cena sem duplos ou cortes temporais. A partir daqui já eu estava ao rubro, acham que senti a falta do Pierce Brosnan (quem é esse mesmo)?
Na minha humilde opinião, ele não precisaria mais dar mais provas de que seria um excelente 007, mas não parou de me surpreender.
O filme é longo, mas nem parece que se está sentado na cadeira quase 3 horas. Ficamos sempre à espera de mais, e mais é nos apresentado, mas quando dou por mim a pensar: "É agora, é agora que vai acabar", ainda vem mais acção… Simplesmente fantástico.
Gosto de filmes que em cada cena nos surpreendem e este é um desses filmes.
Se os anteriores pecaram pela fórmula irrealista que imprimiram (embora isso faça parte do mundo de Bond), este é muito coerente e apresenta-nos um 007 duro, frio, muito sexy, mas muito humano. Um homem que tem sentimentos, que sente dor, que sangra, dá murros e leva murros em troca, um homem que fica ferido, sujo, e despenteado. Mas quando veste um smoking, lá está o charme exigido ao nosso agente. É ainda super bem disposto, as cenas cómicas continuam com um humor muito subtil, que não pensei que existisse neste filme.
O tema neste filme não são as engenhocas desenvolvidos por Q (que nem tem o prazer de aparecer) ou as explosões aparatosas, mas sim as personagens. Até a Bond Girl, excelentemente interpretada por Eva Green, é uma personagem de corpo e alma e faz parte da história, não está ali por acaso.
Se tiver de eleger a minha cena favorita, tenho de dizer que foi a cena do chuveiro, onde as nossas 2 personagens se mostram desarmadas, genuínas…
Mas a cena mais cómica talvez seja uma parte em que ele está a ser torturado, e ainda assim continua a gozar com o agressor, com aquele olhar sarcástico…
Este James Bond só tem um ponto desfavorável, o seu sotaque que podia ser mais "british". Mas isto já sou eu a ser mesquinha e picuinhas.
Para quem é fã de um bom filme de acção, com conteúdo e enfoque nas personagens sem recorrer à tecnologia, e mesmo a quem os filmes de Bond não dizem nada, vão ver o filme, que não vão dar o vosso dinheiro como perdido.

Resumindo e concluindo, temos um novo James Bond muito diferente do que estamos habituados, mas talvez o mais credível de sempre, como agente secreto.

Algumas das melhores deixas:
M: I knew it was too early to promote you.
James Bond: Well, I understand double-ohs have a very short life expectancy. So your mistake will be short-lived.

Vesper Lynd: I will be keeping my eyes on the money and off of your perfectly formed ass.
James Bond: You noticed.

Vesper Lynd: I'm the money!
James Bond: Every penny of it!

Vesper Lynd: Am I going to have a problem with you, Bond?
James Bond: No, don't worry. You're not my type.
Vesper Lynd: Smart?
James Bond: Single.

Vesper Lynd: If the only thing left of you was your smile and your little finger, you'd still be more of a man than anyone else.
James Bond: That's because you know what I can do with my little finger...

Bartender: Shaken or stirred?
James Bond: Do I look like I give a damn?

James Bond: Sorry, that last hand almost killed me.

Vesper Lynd: You're not going to let me in there. You've got your armour back on.
James Bond: I have no armour left. You've stripped it from me. Whatever is left of me – whatever I am – I'm yours.

James Bond: Bond, James Bond


Chris Cornell – You Know My Name


007 – Casino Royale Trailer