domingo, julho 22, 2007

Fim-de-semana ao ritmo alentejano


Parece que adoro tanto a companhia do Wentworth Miller que nem tenho criado mais posts, mas não é só isso que me tem afastado do meu blog, foi uma semana tão intensa, que não me possibilitou sequer pensar em escrever.
Foi uma semana de tal modo stressante, que tive de sair da cidade durante o fim-de-semana só para conseguir descontrair e esquecer tudo o que me espera amanhã. :s
Com alguns colegas de férias e com os clientes a quererem ir de férias, sobra trabalho para os que ainda estão a trabalhar. Já ando a contar, ansiosamente, os dias que faltam para as minhas férias…
Este fim-de-semana já soube bem, aliás, soube muitíssimo bem. Já que tinha que relaxar ao máximo, nada melhor do que conhecer a Costa Vicentina. Fui conhecer uma outra faceta do Alentejo que era para mim quase desconhecida, a sua costa marítima.
Gosto imenso de alguns recantos do nosso país, e gosto cada vez mais das nossas paisagens na generalidade. A costa alentejana é mais um paraíso deste país tão pequeno, mas tão rico em diversidade.
Em contraste com o Alentejo deserto e árido que eu tão bem conheço, o seu litoral é muito mais verde, cheio de pinhais, e eucaliptais que tornam a sua paisagem muito agradável, e o ar muito puro.
Depois, temos as praias, esculpidas pelas grandes escarpas, que se avistam lá em baixo, a sua areia muito branca onde existe um mar tão translúcido como já não se vê em qualquer local.
Conheci Vila Nova de Milfontes, à beira mar e foz do rio Mira plantada. Uma localidade muito pitoresca, onde tudo luz ao sol, as casas parecem acabadas de construir, aonde o branco e o bege predominam e até vestígios de um antigo forte existem, aliás o forte foi recuperado e agora precipita-se nas águas do rio.
A paisagem é belíssima, quer seja vista da margem sul do rio, na Praia das Furnas, quer seja vista da margem norte, no coração de VNMF.
Em qualquer recanto de rio ou mar existe um pedaço de areia que faz as delícias dos veraneantes que nesta altura abundam por estas paragens. As duas margens são ligadas por uma ponte, onde podemos avistar ao longe a fusão do Mira com o Atlântico. Que visão de cortar a respiração!!!
O mais engraçado, por estas paragens, são as enormes escadarias de acesso às extensões de areia. E aqui o mar ou o rio não se encontra lá em baixo tão distante como o vi no Cabo Sardão. Aí sim, encontrei escarpas tão altas que metia medo só olhar lá para baixo.
A diversidade de flora e fauna também é incrível. Para além das gaivotas, que obviamente abundam à beira mar, com grande facilidade vemos corvos, cegonhas, e muitas outras espécies animais.
Mais a norte, deu para conhecer Porto Covo e a Ilha do Pessegueiro, tão afamadas pela música de Rui Veloso. E bem dito ele seja, por mostrar ao nosso país tamanha beleza. Apesar da ilha ser deserta, está super povoada de gaivotas que se deliciam nesse pedaço de terra que o mar arrancou ao continente.
A praia da ilha, também ela protegida de vendavais pelas escarpas que aqui são menos acentuadas, tem uma vista maravilhosa sobre o mar imponente e sobre a ilha. Mais um ponto turístico é o antigo forte que aqui foi levantado há mais de 500 anos. Já em Porto Covo, a Praia Grande essa sim, fica lá no fundo de uma encosta muito mais pronunciada. Esta praia faz jus ao nome, é uma grande extensão de areia onde espaço é o que não falta. Como o vento soprava algo forte, as esplanadas por ali espalhadas estavam apinhadas.
Em Sines, mais uma das minhas incursões, também me deixou maravilhada. É certo que é um grande centro industrial onde se avista uma refinaria de petróleo, e onde existem indústrias de petroquímica, de construção de polímeros, etc, o que pode degradar um pouco a paisagem e o ar puro que se poderia por aqui respirar, mas de costas para esses acidentes paisagísticos e de frente para o mar e para o seu porto, tudo muda de figura, até nos esquecemos o que fica atrás de nós.
Santo André e a sua lagoa, também, foram 2 pontos altos deste fim-de-semana. Não sem antes ter de parar num caminho que estava alagado pela passagem de um riacho, onde até lagostins habitavam. Estes pequenos percalços são sempre muito engraçados, e em cada viagem que faça são uma constante. :D
De Santo André à Comporta foi sempre a andar, a visita a Melides ficou para uma próxima. Entre a Comporta e o final da única estrada da península de Tróia aqui e ali avistavam-se carros estacionados ali deixados pelas pessoas que habitam as praias espalhadas ao longo desta língua de terra.
A espera pelo próximo ferry-boat foi amenizada pelo passeio de ferry que se lhe seguiu. Já tinha ido a Tróia, mas tinha sido sempre por terra, nunca por água. E o passeio vale mesmo a pena.
Se morasse em Setúbal, tenho a certeza que iria tomar muitos banhos de sol em Tróia e iria atravessar o Sado sempre de ferry.
Mais um fim-de-semana que irei recordar por muito tempo, pois foi um passeio algo de memorável.
Ficam as fotos para a posterioridade.



4 notas celestiais

João Silva disse...

É a ver estes post teus que lamento não ter começado mais cedo a levar máquina fotográfica para todos os sitios que já visitei!

;) ...i'm back!

Šaяa disse...

Eu adoro a costa alentejana!!
Ha anos que gosto de la ir acampar ;)
Muito lindo tudo!! Aquelas praias são maravilhosas apesar da agua gelada :)

Mary disse...

Eu também quero :-(

GrandesMares disse...

Com que então a menina esteve pelos meus lados.Eu residuo em Santo André eheh...
É uma zona bem bonita sem stress e onde se relaxa bem.Se queremos mais agitação estamos bem perto de Lx ou do Algarve,gosto muito de morar ali.
Beijokas e boa semana

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