Dizem que um amor só se cura com um outro amor. Isso a mim aplica-se na perfeição.
Para preencher a lacuna que o final da 2ª temporada do Prison Break deixou, encontrei o Heroes. Depois da 1ª temporada do Heroes ter terminado, encontrei um aconchego nos “braços” da 3ª temporada das Donas de Casa Desesperadas, e depois entusiasmei-me com o Nip/Tuck, a qual estou agora a meio da 3ª temporada. É verdade que as temporadas anteriores foram mais estimulantes do que esta, mas penso que seja devido ao facto de me ter apaixonado incondicional por uma outra série, Supernatural, ou Sobrenatural em português.
Quando a 1ª temporada passou aqui há uns tempos na RTP2, nunca me interessei por ela, via alguns finais de episódios, quando me ia deitar, mas apenas isso. 1º porque o tema sobrenatural nunca fez parte dos meus favoritos, e depois temia que fosse uma série virada para o terror, sem conteúdo, onde só se aproveitavam os 2 protagonistas.
Não poderia estar mais enganada… Mas por me falarem tão bem da série, por ma recomendarem tão fugazmente (tu sabes de quem estou a falar, amiga ;)), e por nessa mesma altura a RTP ter voltado a passar a série, decidi dar um voto de confiança, e comecei a ver.
A história
Há 22 anos atrás algo estranho aconteceu em casa da família Winchester e que até hoje não deixa o pai e seus 2 filhos dormirem tranquilos. Uma força do mal, em forma de demónio, arranca a vida de Mary Winchester de uma forma macabra: enquanto o pequeno Sammy dorme tranquilo, a mãe é presa no tecto e começa a arder em chamas, dando tempo apenas para que o marido, John Winchester, arranque Sammy do berço onde dorme e entregá-lo ao irmão, Dean. O caso foi tratado pela polícia apenas como um incêndio comum, mas o que pai e filhos sabem é que a coisa parece ser mais complicada do que isso.
Após esse acontecimento as vidas de John, Sam e Dean mudam radicalmente. Em busca de vingança, o trio parte em busca do que tenha levado Mary e assim, o seu trabalho não oficial passa a ser o extermínio dessas "coisas" que infestam a Terra.
Vários anos se passam até que os membros da família Winchester se separam. Cansado da sua vida bizarra, Sam, decide ir para a faculdade e levar uma vida “normal”, após uma discussão violenta com o pai. Enquanto isso, John e Dean continuam a caçar espíritos do mal.
Três anos mais tarde, a mesma coisa que matou a mãe de Sam e Dean, há 22 anos, está de volta e faz com que Jess (namorada de Sam) tenha o mesmo fim trágico de Mary. Somada com o desaparecimento do pai, a dor da perda de Jess faz com que Sam se junte a Dean novamente. Desde então, ambos correm as estradas do país num Chevy Impala de 1967, caçando tudo o que não pertença a este mundo, munidos de meios tecnológicos, armas com sal e um velho diário do pai, que pode dar muitas pistas de seu paradeiro.
O vício
Não foi preciso mais do que um episódio para me começar a entusiasmar. Se gostei do Pilot, o 2º foi melhor ainda, e quantos mais episódios via, mais me entusiasmava. Até que cheguei a meio da temporada e vi que estava perdida, surgia mais um vício que era necessário alimentar.
E o que me fez viciar? Um misto que várias conjugações. A 1ª e talvez a mais forte, os manos, os protagonistas, o Sam e o Dean. Eles são a essência de toda a história, são lindos, são amorosos, são amigos, são divertidos, são profissionais (às vezes!!!), são um must, e dá um prazer enorme vê-los um com o outro. Eles têm uma linda amizade na vida real e isso transparece na sua relação enquanto irmãos na série.
O Sam (Jared Padalecki), o mais novo, é o mais ajuizado, é o cérebro entre os 2, é mais sério do que o irmão, porque tem um passado ainda mais marcado do que o irmão, no entanto é um rebelde no que se refere a cumprir as ordens do pai, mas o seu amor incondicional pelo irmão, leva-o a feitos extraordinários.
O Dean (Jensen Ackles), o mais velho, é mais aberto, é o brincalhão, o irmão charmoso que adora passar a noite nas conquistas, apesar de parecer um irresponsável, não o é de todo, é fiel aos mandamentos do pai, e o seu espírito protector para com o irmão é notável.
A sua relação costumo defini-la com uma relação de amor/humor. Sim, porque eles amam-se incondicionalmente, no entanto muitas vezes andam às “turras” (umas vezes na brincadeira, outras nem por isso). Nunca me esqueço de um episódio, talvez o mais divertido da temporada, em que passam o tempo inteiro a pregar partidas um ao outro, uma mais maluca do que a anterior. E o Dean, acho que raramente responde ao Sam sério, tudo é motivo de brincadeira e motivo para nos fazer rir.
A 2ª razão que me faz adorar a série é a novidade. Todos os episódios temos uma história nova, com novas personagens. Apesar de existir um fio condutor em todos os episódios, a história da família Winchester, todos os dias temos um espírito novo a caçar, uma lenda nova para desvendar, e existem episódios que essas histórias se cruzam com o cerne do enredo, esses são os episódios que nos deixam de boca aberta.
A 3ª razão, é o suspense. Nunca fui adepta de filmes de terror, não é que eu seja impressionável, nada disso, apenas não me identifico com esses filmes. De início pensei que o Supernatural fosse uma série mais para o terror, mas não é verdade, é suspense puro. E depois os espíritos maléficos que vão aparecendo são sempre em cenas muito subtis, onde nunca nos assustamos de medo. Aliás, actualmente é transmitida na RTP num Domingo à tarde, sem qualquer referência a cenas susceptíveis de impressionar os espectadores.
A 4ª e vamos ficar por aqui, pois mais se poderia arranjar, é toda a história familiar que é o centro de todo o argumento. As vidas dos 2 protagonistas estão sempre em perigo, pelo que eles tentam se proteger ao máximo um ao outro, e a sua busca constante pelo paradeiro do pai, também, é o que nos faz ficar a pensar no próximo episódio.
Só para abrir o apetite, fica um pequeno aperitivo.
Supernatural Trailer