Que rica tarde, na praia…

Tinha saudades da praia e do mar. O mar para mim é quase como o oxigénio que respiramos. Preciso dele para viver, bem, pelo menos para viver melhor.
Já estamos em Abril, a primavera começou ainda nem há um mês, mas já me apetece ir com frequência à praia. Mesmo que seja só para olhar para ele e desfrutar a sua beleza.
A tarde hoje, esteve agradável, mais fresquinho do que na 5ª feira passada quando fui almoçar à beira mar, mas mesmo assim, o tempo estava a convidar. Uma boa caminhada no calçadão faz sempre muito bem à saúde. E quando se tem o mar como fundo, também faz bem ao espírito.
Sei que ainda não soube aos dias de Verão, passados na praia, mas já deu para espairecer.

Encontrei este poema sobre o mar algures na net. Achei muito giro e vou partilhá-lo.


O Meu Mar

O meu mar é azul,
Sempre azul,
Duma escuridão pontuada a branco.
O meu mar cheira, e o seu cheiro
Ocupa os mais íntimos
Espaços do meu ser.
O meu mar rosna e murmura
E não me deixa dormir à noite.
Até que por fim,
Compreendo a sua mensagem,
E acabo a sonhar
Com outras paragens,
Longe, do outro lado do meu mar.

O meu mar nunca me deixa.
O meu mar nunca é o mesmo,
Cheio de surpresas,
Assusta-me, diverte-me,
Abre com mão forte o meu coração
Rasga os meus medos
E empurra-me para onde quero ir.

Como é que ele sabe, onde fica esse lugar?
O meu mar é muito velho,
Cheio de sabedoria.
Eu não pergunto.
Eu não quero saber.
Mas o meu mar sabe.

O meu mar é azul,
Tão azul, tão escuro
Que não se deixa ver.
Mas eu vejo,
E não esqueço.
Porque desde que o respirei uma vez,
Tantas vezes,
Trago comigo
Um pouco daquela azulidão.

Margarida Barroso