segunda-feira, maio 29, 2006

The Da Vinci Code – o livro ou filme?


No fim-de-semana que passou, fui ver o tão falado Código Da Vinci. Eu li o livro, e adorei-o, independentemente das polémicas que possa levantar, para mim é uma história credível e fascinante.
Eu posso assumir que não acredito em nada divino, mas acredito na figura de Jesus e que ele tenha sido um homem extraordinário. Mas sim, um homem, como outro qualquer, mas que se destacou pelos seu feitos.
A história do livro é muito atraente, porque é universal, tem um enredo místico. Todos conhecemos Jesus Cristo, e todos temos muito curiosidade na sua história. O livro levanta muitas questões novas acerca da sua vida. Não é à toa que depois de Dan Brown editar o seu Código Da Vinci, tenham surgido tantos e tantos livros de investigação acerca do assunto.
Quanto ao filme, tenho a dizer que gostei, mas soube-me a pouco. Para quem leu o livro e adorou, como eu, acho que falta muita essência. Mas compreendo que em pouco mais de 2 horas, seja impossível traduzir para a grande tela todos os pormenores do livro. Ali não há tempo para pensamentos profundos, nem tempo para tentar discernir quem é o bom ou o mau, ou sequer como será o final.
A leitura do livro, dá-nos isso tudo. Temos tempo para reflectir, debatermo-nos sobre aquilo que está a acontecer, coisa que no filme não acontece. É tudo muito rápido. Tenho a sensação de que as pessoas que não leram o livro, no início ficam um pouco baralhadas com o desenrolar da acção.
As interpretações estão muito boas, gosto muito da figura de Tom Hanks no papel de Robert Langdon. Sinceramente, não sei se era assim que eu imaginava o personagem principal, mas que ele fez o seu papel muito bem, isso fez.
Mas o papel que eu achei um primor foi o de Silas, interpretado pelo talentoso Paul Bettany (que curiosamente fez 35 aninhos no dia em que vi o filme). O Silas sim, era mesmo o Silas que eu imaginava. Branquinho, olhos do mais azul que se possa imaginar e aquele olhar de sofrimento, mas com uma convicção de que os seus actos são os correctos, tudo em nome do seu mentor e da sua fé. Sei que é fanatismo, tudo o que ele faz, mas é apenas a sua crença, e acho que quando há fé, nada se interpela nos actos das pessoas. E o Paul conseguiu transmitir tudo isso e uma forma irrepreensível.
Quanto a Sophie Neveu, interpretado pela eterna Amélie Poulain, a muito querida Audrey Tautou, nunca pensei conseguir abstrair-me do seu tão famoso papel. Para mim, ela sempre será recordada como a Amélie, mas a sua interpretação fez com que eu nunca pensasse nela como tal. É uma Sophie muito querida, mas é determinada e foi talhada para encontrar aquilo que procura. Pena o filme ter corrido tão rápido e não sentirmos o seu sofrimento. Assim como não se percebe muito bem o porquê de Silas se tornado naquilo que ele é, houve alguns pormenores que escaparam. Outros houve que nem sequer foram focados e outros, ainda, foram introduzidos vindos sei lá de onde. :P
Resumindo e concluindo, o filme deixou-me cheia de vontade de reler o livro, apesar de só o ter lido há um ano atrás.

Ficha Técnica
Título Original: The Da Vinci Code
Realizador: Ron Howard
Descrição: Adaptação do "best-seller" de Dan Brown, totalmente envolto em mistério – só será visto pela primeira vez no Festival de Cannes, na véspera da estreia mundial –, "O Código da Vinci" já começou a incendiar multidões. A grande polémica deve-se ao tema do livro: a Igreja terá escondido até hoje que Jesus e Maria Madalena casaram e tiveram um filho. Um crime no Louvre, em Paris, e algumas pistas nos quadros de Da Vinci conduzem à descoberta de um mistério religioso, protegido por uma sociedade secreta durante mais de dois mil anos. Estas descobertas abalarão os pilares do Cristianismo.
Actores: Tom Hanks, Audrey Tautou, Ian McKellen, Paul Bettany, Jean Reno, Alfred Molina
Género: Drama, Thriller
Ano de Lançamento: 2006
Duração: 155 minutos
Classificação: Maiores de 12 Anos
Classificação (de 0 a 10): 6 (só porque me soube a pouco)














The Da Vinci Code – O Código Da Vinci

Sem notas celestiais

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